quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

BLOG SOBRE DIREITO E PROCESSO DO TRABALHO

O Blog http://direitoetrabalho.com , criado pelo Juiz do Trabalho Jorge Alberto de Araujo, Titular da 1ª Vara e Diretor do Foro de São Leopoldo - RS,   trás informações sobre as mais diversas matérias de Direito e Processo do Trabalho.

listado no Alexa como um dos 100 mais populares do Brasil, único na categoria blogs jurídicos, e vencedor do Best Blogs Brazil em 2009 na categoria melhor blog jurídico.


Esse eu recomendo.

Aproveite.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

DIREITO DE IR PARA O INFERNO


DIREITO DE IR PARA O INFERNO - Moysés Pinto Neto

Moysés Pinto Neto é pesquisador trandisciplinar da violência. Doutorando em Filosofia (PUCRS). Professor da ULBRA.

A cada dia que passa emerge mais forte e reativamente o fundamentalismo cristão como forma de contestação do avanço dos movimentos que transgridem suas regras morais. Evidente que esse fundamentalismo não é apenas um fenômeno contemporâneo. Na realidade, ele não precisava gritar antigamente simplesmente porque não era necessário. Bastava desviar seus olhos para o alvo para que imediatamente suas impiedosas sanções caíssem sobre as vítimas. Tempos que arrastam uma violência silenciosa que substitui a antiga queima de hereges e bruxas.
Os cristãos fundamentalistas reivindicam a volta dos “valores da família” (que é na realidade a família patriarcal, heterossexual, puritana e repressora), os crucifixos nas salas de audiência, lutam contra direitos de gays e mulheres, vociferam contra as diferenças em nome de uma interpretação boçal da Bíblia e da suposta “natureza”. No fundo, desejam apenas manter a mais pura violência que é o preconceito. Ao contrário do que põe Gadamer, o preconceito não é apenas uma pré-compreensão que antecede necessariamente a compreensão do mundo numa espiral hermenêutica, mas uma ação entre os viventes cuja visão esteoreotipada de um sobre o outro – independente do seu erro – produz efeitos de poder e violência. O que interessa no preconceito não é o caráter cognitivo, mas os efeitos que produz sobre a respectiva vítima.
Por essa razão, não pode haver “direito ao preconceito”, pois o preconceito não é apenas uma posição cognitiva cuja salvaguarda estaria protegida tal como a liberdade de pensamento, mas uma ação violenta que cai sobre o outro, um fazer que hierarquiza, petrifica, estigmatiza. Legitimar o preconceito é legitimar a violência. Se cognitivamente talvez seja inexorável o estereótipo como referencial mínimo de orientação, o problema é precisamente a sedimentação que os fundamentalistas e os “politicamente incorretos” defendem. Pois o problema do preconceito não foi criado por quem busca o desconstruir, mas por aqueles que o inventaram e hoje lutam para que seja mantido.
Os cristãos fundamentalistas retrucariam que se trata, no final das contas, de liberdade religiosa. Ora, nesse caso a própria estrutura religiosa do cristianismo nos dá a resposta: se é um dogma fundamental o livre-arbítrio, é preciso preservá-lo justamente contra a heresia de obrigar alguém a cumprir mandamentos religiosos. A sanção que a religião cristã propõe é a mais severa possível para aqueles que descumprem suas regras: o sofrimento eterno e indizível do inferno. Nesse caso, devemos deixar que os hereges sofram tais sanções, sem que os obriguemos a agir de forma diferentes. O religioso não deve atacar o não-religioso por meio de sanções do Estado, pondo em dúvida a própria efetividade das suas crenças no julgamento divino. Deus tratará de fazer a justiça que o Estado não deve fazer. Exatamente por isso deveríamos lutar até o fim por um direito contra todo e qualquer transbordamento de dogmas religiosos para a política: o direito de ir para o inferno.

QUEM NOS PROTEGE DA BONDADE DOS BONS?

“Uma vez perguntei: quem nos protege da bondade dos bons? Do ponto de vista do cidadão comum, nada nos garante, ‘a priori’, que nas mãos do Juiz estamos em boas mãos, mesmo que essas mãos sejam boas. (...) Enfim, é necessário, parece-me, que a sociedade, na medida em que o lugar do Juiz é um lugar que aponta para o grande Outro, para o simbólico, para o terceiro.” MARQUES NETO, Agostinho Ramalho. O Poder Judiciário na perspectiva da sociedade democrática: O Juiz Cidadão. In: Revista ANAMATRA, n. 21, p. 50

Publicada em 20/02/2013, no facebook, pelo Juiz de Direito Alexandre de Morais da Rosa. 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

TODO MUNDO SE MACHUCA


Todo Mundo Se Machuca

Quando seu dia é longo
E a noite - a noite é solitária,
Quando você tem certeza de que já teve o bastante desta vida,
Continue em frente

Não desista de si mesmo,
Pois todo mundo chora
E todo mundo se machuca, às vezes...

Às vezes tudo está errado,
Agora é hora de cantar sozinho.
Quando seu dia é uma noite solitária (aguente firme, aguente firme)
Se você tiver vontade de desistir (aguente firme)
Se você achar que teve demais desta vida,
Para prosseguir...

Pois todo mundo se machuca,
Consiga conforto em seus amigos.
Todo mundo se machuca...
Não se resigne, oh, não!
Não se resigne
Quando você sentir como se estivesse sozinho.
Não, não, não, você não está sozinho...

Se você está sozinho nessa vida,
Os dias e noites são longos,
Quando você sente que teve demais dessa vida para
seguir em frente

Bem, todo mundo se machuca
Às vezes, todo mundo chora
E todo mundo se machuca, às vezes
Mas todo mundo se machuca, às vezes
Então aguente firme

aguente firme, aguente firme...

Todo mundo se machuca

Você não está sozinho

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O Substituto - Belo filme que retrata um pouco de beleza para um mundo cruel e conservador


O Substituto, do realizador Tony Kaye, tem como protagonista Adrien Brody (vencedor de um Óscar), no papel de Henry Barthes, um educador com grande talento para estabelecer ligação com os seus alunos. No entanto, Henry optou por enterrar o seu dom. Passando os dias como professor substituto, evita convenientemente quaisquer ligações emocionais ao não ficar tempo suficiente em lado nenhum para se apegar quer a alunos, quer a colegas. Quando é colocado numa escola pública, onde uma direção frustrada e esgotada criou um corpo estudantil apático, Henry torna-se rapidamente num exemplo para os jovens desafeiçoados. Ao descobrir uma ligação emocional improvável com os alunos, os professores e uma adolescente foragida que recolhe das ruas, Henry apercebe-se de que não está sozinho na sua luta de vida e de morte para encontrar beleza num mundo aparentemente cruel e sem amor.
Kaye, moldando uma visão contemporânea das pessoas que se afastam progressivamente das outras, sentindo ainda assim a necessidade de estabelecerem ligação, dirige um elenco de estrelas, a partir de um argumento de Carl Lund. Ancorado num desempenho merecedor de distinção por parte de Brody, O Substituto conta igualmente com papéis memoráveis de Christina Hendricks, James Caan (nomeado para um Óscar), Marcia Gay Harden (vencedora de um Óscar), Lucy Liu, Blythe Danner, Tim Blake Nelson, Bryan Cranston, William Petersen e dos estreantes Betty Kaye e Sami Gayle.