quinta-feira, 19 de abril de 2012

VIDA MARIA

26/04/2007 - 16h21  (FOLHA DE SÃO PAULO)"Vida Maria" mostra contradições entre sonho e realidade no Cine PE
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FERNANDA CRANCIANINOV
da Folha Online

"Vida Maria", curta de pouco mais de oito minutos, brilhou na terceira noite do Cine PE. A animação, produzida quase que inteiramente por Márcio Ramos, conta de forma concisa e com toques de humor a contradição entre os desejos pessoais e a realidade que se impõe a qualquer pessoa.

Divulgação
Maria José tem de largar os estudos e trabalhar
Maria José tem de largar os estudos e trabalhar
O tema central partiu da vida pessoal de Ramos, que, imerso em seu trabalho com televisão e vinhetas de publicidade, viu o sonho de realizar um curta sendo adiado pela realidade do dia-a-dia.

"A idéia de realizar um projeto pessoal que fosse mais duradouro surgiu em 2000, mas, sem tempo, tive de adiá-lo por alguns anos", diz Ramos, que, além de dirigir, foi responsável por roteiro, fotografia, arte, som e montagem, contando apenas com a ajuda de Hérlon Ramos na composição da trilha sonora.

Divulgação
"Vida Maria", de Márcio Ramos, mostra em apenas oito minutos drama de Maria José
"Vida Maria", de Márcio Ramos, mostra em apenas oito minutos drama de Maria José
"A idéia central surgiu da minha própria experiência, da contradição entre um sonho [realização do curta] e a realidade [a rotina diária de trabalho] que se impõe todos os dias." Longe de parecer um auto-retrato, Ramos tornou o material ainda mais rico ao apresentar um ciclo na vida de Maria José, que é obrigada a largar os estudos para ajudar nas tarefas diárias da família.

Assim como todas as Marias em sua infância, Maria José gosta mesmo é de "desenhar palavras" em seu caderno. Repreendida pela mãe, Maria vai ao quintal executar as tarefas da casa. De forma brilhante, Ramos mostra a repetição deste ciclo passando ao menos por três gerações.

Assim, com toques de humor, o diretor cearense consegue falar em oito minutos mais sobre a triste situação sócio-econômica vivida por muitas gerações do que qualquer dissertação acadêmica.



quarta-feira, 11 de abril de 2012

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FILOSOFIA POLÍTICA E JURÍDICA - UEL


http://www.filosofiapoliticaejuridica.com.br/

Processo Seletivo 2012

Período de Inscrição:      04/05/2012 a 12/06/2012 (pelo site da PROPPG/UEL)
Período de Seleção:        16/06/2012 a 20/06/2012

PROCEDIMENTOS DE SELEÇÃOHorárioData/Período
 Análise Curriculum09h00 – 11h0016/06/2012
Entrevista (*)13h30 – 18h0016/06/2012




(*) Todos os candidatos deverão estar presentes no dia 16/06/2012 (sábado) às 14h30 no local designado para uma atividade conjunta que antecederá as entrevistas individuais com a Comissão Examinadora de Seleção. Casos excepcionais de impossibilidade nesta data, devidamente justificados, deverão ser agendados.


COMISSÃO EXAMINADORA DE SELEÇÃO
PRESIDENTE:
Prof. Dr. Bianco Zalmora Garcia
MEMBROS:
Prof. Dr. Clodomiro José Bannwart Junior

Prof. Dr. Elve Miguel Cenci
SUPLENTES:
Profa. Dra. Maria Cristina Muller

Prof. Ms. Adyr Garcia Ferreira Netto

Resultado da seleção:     20/06/2012
Publicação em edital:     22/06/2012

Objetivos do Curso de Especialização em Filosofia Política e Jurídica

Geral

O Curso de Pós-Graduação Lato Sensu – Especialização em Filosofia Política e Jurídica da Universidade Estadual de Londrina tem por objetivo oferecer formação em Filosofia Política e Jurídica aos profissionais de diversas áreas de conhecimento, sobretudo àquelas relacionadas com o estudo dos fundamentos políticos, éticos, jurídicos e pragmáticos das diferentes esferas da práxis social e seus desafios na contemporaneidade.
Neste sentido, pretende propiciar o aprimoramento de matérias relevantes para a compreensão do fenômeno político e jusfilosófico em geral e, especificamente, da fundamentação e do papel do Direito no Estado Democrático de Direito, com base em seus quatro eixos curriculares constituídos como linhas de pesquisa:
  1.  Esfera pública e a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito.
  2. Dignidade da pessoa humana, Direitos e Democracia.
  3. Teorias da Justiça, racionalidade jurídica e ordem constitucional.
  4. Hermenêutica: aplicação e integração do Direito.
Além disso, em sintonia com as demandas atuais, este Curso busca atender a crescente exigência de qualificação dos profissionais que atuam na área governamental ou em entidades da sociedade civil contribuindo para que implementem uma comunicação pública capaz de promover significativamente o exercício da cidadania e participação democrática em ações voltadas para o desenvolvimento de empreendimentos socialmente responsáveis.

Específico

Analisar os principais problemas e desafios atuais que envolvem a relação entre a política, o direito, a ética, a ciência e o mundo da vida cotidiano.
Permitir o acesso ao debate atual no âmbito da Filosofia Política e do Direito com base nos principais pensadores da filosofia política e jurídica moderna e contemporânea.
Qualificar profissionais para o ensino de Filosofia Política e Filosofia do Direito em nível superior.
Subsidiar e capacitar pesquisadores para o desenvolvimento de investigação acadêmica e elaboração de projetos de pesquisa para produção de conhecimentos na área de Filosofia Política e Jurídica

terça-feira, 10 de abril de 2012

UEL CIDADANIA - TV UEL E A HISTORIA DO CINE TEATRO OURO VERDE


O UEL Cidadania, revista produzida pela TV UEL, conta a história do Cine Teatro Ouro Verde, que foi destruído no dia 12 de fevereiro de 2012, por um incêndio. O Ouro Verde foi projetado pelos arquitetos Carlos Cascaldi e João Batista Vilanova Artigas, um dos nomes mais importantes da arquitetura moderna brasileira.
O programa mostra que a obra, inaugurada no início dos anos 50, traduz o espírito de um período de prosperidade em Londrina, que já era conhecida internacionalmente pela produção do café.
A revista também apresenta uma reportagem sobre a Fazenda Escola, órgão suplementar da UEL que serve de laboratório para os estudantes de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia.
A entrevista da última edição é com o coordenador do Grupo de Estudos Avançados sobre o Meio Ambiente (GEAMA), Paulo Bassani. O entrevistado fala da programação do GEAMA para 2012. Esse ano, o grupo realiza oito palestras sobre a Rio+20, a segunda conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro.
Outro destaque é uma reportagem sobre a participação feminina na política. O setor ainda é um dos mais resistentes à participação das mulheres. O UEL Cidadania mostra que a presença de uma mulher na presidência da República não se reflete em uma maior presença feminina em cargos eletivos. Em Londrina, das 19 cadeiras da Câmara Municipal, apenas duas são ocupadas por mulheres.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

TRIBUNAL DE BAR - AQUI TODOS SE CONDENAM



Tribunal De Bar

Os Paralamas do Sucesso

Foi julgado, condenado, executado
Sem direito a apelação
Foi dissecado, comentado e açoitado
Pelas línguas no Leblon
Descontrolou-se porque algo estava errado
Mas ninguém deu atenção
E finalmente foi traído
E viu seu nome publicado num jornal
É o veneno que sai
É o veneno que sai
E te faz o pior entre os iguais
Nos tribunais de qualquer bar

sexta-feira, 6 de abril de 2012

DEPRESSÃO - A HISTÓRIA CONTINUA (Dr. Carlos Bayma)



Confissões do autor do Blog [4]: “LUTAR CONTRA é um mau negócio!”



Por Carlos Bayma
Após a estabilização da depressão e o controle artificial das crises de pânico com remédio, iniciei – interiormente – uma “cruzada” para abandonar o antidepressivo (Clomipramina). Só relembrando, o quadro de transtorno do pânico seguido de depressão eclodiu em 1994. Em 1997, resolvi parar o antidepressivo. Pelo fato de ser médico, sabia que o “desmame” do medicamente deveria ser lento. Tomava a dose de 75 mg de Clomipramina por dia. Baixei para 50. Tudo bem. Semanas depois, para 25 mg / dia: tudo ok e comecei aemagrecer. Perdi uns 8 kg. Mais algumas semanas, retirei o antidepressivo.
Nos seguintes 30 dias a sensação foi maravilhosa. Sem depressão, sem ataques de pânico e fiquei magro como sempre fui. Recuperei a libido e parte da capacidade de ereção perdida nos 3 anos anteriores. Contudo, após essa breve “lua-de-mel” com a normalidade, notei que eu comecei a me irritar facilmente. Fui ficando mal humorado e agressivo. Então, certo dia: crise de pânico! Na verdade, não foi muito intensa e logo passou. Mas foi uma ducha de água fria.
Aparente falha
Voltei à psiquiatra e, como estratégia, não voltamos à Clomipramina. Iniciei outra droga (droga mesmo!): a Sertralina. Aí o “pau comeu!” Fiquei brabo que só um “siri na lata”. Queria brigar com todo mundo e explodia a cada mínima contrariedade. Perdi a capacidade de administrar as frustrações. Então, sem saída, de volta à Clomipramina, o único antidepressivo que me deixava aparentemente ajustado.  Novamente aos 75 mg diários.
1998. Num rompante, suspendi novamente a Clomipramina. Estava decidido a não voltar. Passei cinco meses em um psicólogo de tendências espiritualista. Aguentei o que pude com tristeza profunda e ataques de pânico. Foi quase meia ano numa luta desgraçada. Não suportei. Voltei à psiquiatra e à Clomipramina. Parei de lutar e aceitei que tinha que tomar antidepressivos para o resto da vida. Fiquei assim por mais 4 anos, sem crises, mas sem muito gosto pela vida. E com boca seca, além de continuar a ganhar peso. Atingi quase 90kg.

Não há guerra, particular ou coletiva, que traga uma vitória verdadeira!
Finalmente, o insight
No final de 2002, tive um insight! Um insighté uma compreensão interior, aparentemente vinda do nada e que permite a resolução de várias dúvidas e situações conflitantes de uma lapada só. Percebi que eu estava “lutando contra”. E, “lutar contra algo” é só uma forma inconsciente de dar força a esse “algo”.  O mundo está lotado de exemplos: luta contra a violência só a aumenta, luta contra as drogas: nunca se consumiu tantas drogas nesses últimos 20 anos; luta contra as doenças: só vejo doenças se alastrando, sobretudo as crônico-degenerativas (câncer, hipertensão, diabetes, artrites, lúpus, esclerose múltipla, etc., incluindo a depressão). “Lutar contra” é ir contra a corrente. É aí que o insight esclarece: luta é batalha, é guerra, é desequilíbrio.
É paz ou é guerra?
Quem está na luta não pode – jamais – estar em PAZ! E a paz é tranquila, aceita e renova aquilo que desequilibrou. A paz traz à tona a responsabilidade por nossos atos, pensamentos e sentimentos. A paz diz: “Você é responsável por sua vida, é o condutor único de seu barco no rio atribulado da vida!” Pronto, fiquei preparado para a nova fase: a da aceitação e reversão pacífica dos danos que eu – e somente EU – causei a mim mesmo, embora inconsciente disso.
(as alternativas de estabilização autoconsciente se multiplicaram; deixar de tomar antidepressivos e não ter mais depressão e pânico foram apenas consequências; continue acompanhando…)
Minha frase (cunhada por mim mesmo): “Na guerra, mesmo quem ganha, perde! Não há guerra que tenham vitoriosos: só derrotados; uns mais, outros


Publicado em 2 de abril de 2012 por Blog Dr. Bayma | Arquivado em: Comportamento / RelaçõesDicas de SaúdeOpinião / Ponto de Vista

Por Carlos Bayma
Alguns pontos básicos, em minha opinião, são fundamentais para superação da depressão e do transtorno do pânico. Veja que não falei em “controle” da depressão ou “driblar” o pânico. Nem falei em “cura”, pois a susceptibilidade de apresentar novas crises estará, pelo menos em teoria, sempre presente. Então, vamos lá:
Aceitação: esse é o primeiro ponto. Aceitar que está enfermo, não importa o quanto sua mente queira contestar. A mente quer partir para a luta. A alma quer mostrar-lhe que está em um caminho errático, doloroso e desnecessário.  Quanto mais “lutar contra” mais a depressão e o pânico se fortalecem. Não lutar não significa ficar passivo. Então, aceite que está doente e que precisa de ajuda.
Entendimento: se você não compreendeu ainda por que está com pânico e depressão, não terá como superá-los. Isso é ponto pacífico. Entender que você mesmo(a) construiu, tijolinho por tijolinho, o quadro enfermo atual traz um pouco mais de lucidez nesse momento difícil. Mas atenção: não se culpe nem se puna. Apenas observe o que fez da sua vida.
Responsabilidade: tire de qualquer pessoa, fato, crença ou situação a responsabilidade pela sua doença. Traga-a toda para si. Além de ser absolutamente ineficaz culpar pai, mãe, parentes, amigos, inimigos, o Governo, as religiões ou Deus, essa atitude atrasa demais sua possibilidade de superação.
Cerque-se de pessoas que queirem e possam ajudá-lo, mas lembre-se: você precisa ajudar-se também. Exige alguma disciplina e empenho. Jamais se escore no outros e delegue a eles aquilo que você tem e precisa fazer. A cada melhora, ouse um pouco mais: vá mais à frente.
Medicamentos: os antidepressivos a ansiolíticos podem ser necessários. Se sua situação exigir, use-os sob orientação médica especializada e sem preconceitos. Mas nunca faça dos medicamentos sua muleta eterna. Fazendo isso, as causas da depressão e do pânico continuarão intactas e, o pior, se fortalecerão, crescerão, sem dar avisos.
- Estas são dicas de ouro, que discorrerei nos próximos posts: atividade física regular, mudança de hábitos alimentares, banir o consumo de álcool, acupuntura, ioga, treinamento da coerência cardiocerebral, dessensibilização e reprocessamento cerebral pelos movimentos oculares, meditação e psicoterapia.

 Carlos Bayma é médico especializado em Urologia e Psicossomática. Chefe do Setor de Urodinâmica do Hospital Esperança (Recife-PE), é também autodidata em Física Quântica, Metafísica da Saúde, Música e Fotografia. Autor do Projeto CPM40+ e colunista da Revista Mon Quartier, na seção Saúde em Revista.