domingo, 11 de dezembro de 2011

O JULGAMENTO DE NUREMBERG

O termo jubiley (oficialmente Tribunal Militar Internacional vs. Hermann Göring et al.) aponta inicialmente para a abertura dos primeiros processos contra os 24 principais criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial, dirigentes do nazismo, ante o Tribunal Militar Internacional (TMI) (International Military Tribunal, IMT), entre 20 de novembro de 1945 e 1º de outubro de 1946), na cidade alemã de Nuremberg.
Após estes julgamentos, foram realizados os Processos de Guerra de Nuremberg, que também levam em conta os demais processos contra médicos, juristas, pessoas importantes do Governo entre outros, que aconteceram perante o Tribunal Militar Americano e onde foram analisadas 117 acusações contra os criminosos.

O tribunal de Nuremberg decretou 12 condenações à morte, 3 prisões perpétuas, 2 condenações a 20 anos de prisão, uma a 15 e outra a 10 anos. Hans Fritzsche, Franz von Papen e Hjalmar Schacht foram absolvidos.
Nome Cargo Condenação
Martin Bormann Vice-líder do Partido Nazi e secretário particular do Führer Morte por enforcamento (In absentia)
Karl Dönitz Presidente da Alemanha e comandante da Kriegsmarine 10 anos
Hans Frank Governador-geral da Polônia Morte por enforcamento
Wilhelm Frick Ministro do Interior, autorizou as Leis de Nuremberg Morte por enforcamento
Hans Fritzsche Ajudante de Joseph Goebbels no Ministério da Propaganda Absolvido
Walther Funk Ministro de Economia Prisão perpétua
Hermann Göring Comandante da Luftwaffe, Presidente do Reichstag e Ministro da Prússia. Morte por enforcamento (suicidou-se antes de ser enforcado)
Rudolf Hess Vice-líder do Partido Nazi Prisão perpétua
Alfred Jodl Chefe de Operações do OKW OKW Morte por enforcamento
Ernst Kaltenbrunner Chefe do RSHA e membro de maior escalão da Schutzstaffel vivo. Morte por enforcamento
Wilhelm Keitel Chefe do OKW (Oberkommando Der Wermacht) Morte por enforcamento
Gustav Krupp Industrial que usufruiu de trabalho escravo Acusações canceladas por saúde debilitada
Robert Ley Chefe do Corpo Alemão de Trabalho Suicidou-se na prisão
Konstantin von Neurath Ministro das Relações Exteriores, Protetor da Boêmia e Morávia 15 anos
Franz von Papen Ministro e vice-chanceler Absolvido
Erich Raeder Comandante-chefe da Kriegsmarine Prisão perpétua
Joachim von Ribbentrop Ministro das Relações Exteriores Morte por enforcamento
Alfred Rosenberg Ideólogo do racismo e Ministro do Reich para os Territórios Ocupados do Leste Morte por enforcamento
Fritz Sauckel Diretor do programa de trabalho escravo Morte por enforcamento
Hjalmar Schacht Presidente do Reichsbank Absolvido
Baldur von Schirach Líder da Juventude Hitleriana 20 anos
Arthur Seyss-Inquart Líder da anexação da Áustria e Gauleiter dos Países Baixos Morte por enforcamento
Albert Speer Líder nazi e Ministro de Armamentos 20 anos
Julius Streicher Chefe do periódico anti-semita Der Stürmer Morte por enforcamento
[editar]Processos de guerra de Nuremberg



Vista do banco dos réus no tribunal de Nuremberg.
Caso I - Processo contra os Médicos, 9 de dezembro de 1946 - 20 de agosto de 1947
Caso II - Processo Milch, 2 de janeiro - 17 de abril de 1947
Caso III - Processo contra os Juristas, 17 de fevereiro - 14 de dezembro de 1947
Caso IV - Processo Pohl, 13 de janeiro - 3 de novembro de 1947
Caso V - Processo Flick, 18 de abril - 22 de dezembro de 1947
Caso VI - Processo IG Farben, 14 de agosto de 1947 - 30 de julho de 1948
Caso VII - Processo de Generais no sudeste da Europa, 15 de julho de 1947 - 19 de fevereiro de 1948
Caso VIII - Processo RuSHA, 1 de julho de 1947 - 10 de março de 1948
Caso IX - Processo Einsatzgruppen, 15 de setembro de 1947 - 10 de abril de 1948
Caso X - Processo Krupp, 8 de dezembro de 1947 - 31 de julho de 1948
Caso XI - Processo Wilhelmstraßen, 4 de novembro de 1947 - 14 de abril de 1948
Caso XII - Processo contra o Alto Comando, 30 de dezembro de 1947 - 29 de outubro de 1948
[editar]Execução das sentenças




Noticiário de 17 de Outubro de 1946 sobre as condenações em Nuremberg.
Três cadafalsos foram instalados no presídio de Nurembergue para a execução, na manhã de 16 de outubro de 1946, de dez penas de morte contra representantes do regime nazista, por enforcamento, usando-se o chamado método da queda padrão, em vez de queda longa. Posteriormente, o exército dos EUA negou as acusações de que a queda fora curta demais, fazendo com que o condenado morresse lentamente, por estrangulamento, em vez de ter o pescoço quebrado (o que causa paralisia imediata, imobilização e provável inconsciência instantânea). Na execução de Ribbentrop, o historiador Giles MacDonogh registra que:
"o carrasco trabalhou mal na execução, e a corda estrangulou o ex-chanceler por 20 minutos antes que ele morresse."
Das 12 penas de morte, apenas 10 foram executadas. Martin Bormann, o assessor mais próximo de Hitler em seu primeiro quartel-general, estava desaparecido, sendo julgado à revelia e condenado à morte.
Hermann Göring suicidou-se na véspera do dia 16. Quando os seguranças do presídio perceberam que ele mantinha-se estranhamente imóvel deitado sobre seu banco, chamaram seus superiores e um médico. Este constatou a morte de Göring por envenenamento. Nunca foi esclarecido quem lhe entregou o veneno.



SINOPSE DO FILME:
Em 1948, os processos de "crime de guerra" contra autoridades nazistas continuavam a se desenrolar em Nuremberg. O juiz aposentado Dan Haywood, morador do pequeno estado do Maine, EUA, é designado para a árdua tarefa de presidir o julgamento de quatro juízes alemães, acusados de terem usado seus altos cargos para permitirem e legalizarem as atrocidades cometidas pelos nazistas contra o povo judeu, durante a 2ª Guerra Mundial.[2] Um dos réus é Ernst Janning, ex-Ministro da Justiça que saíra em 1935, respeitado pelo seu saber jurídico até por Haywood. Ao mesmo tempo que preside o processo, Haywood ouve muitas histórias desse período negro do país e do mundo, desde as reminiscências do casal de criados alemães até as amarguras da nobre e elegante Madame Bertholt, viúva de um militar nazista condenado à morte em Nuremberg, que procura sempre mostrar a ele que a Alemanha não é só crueldade e terrorismo.
Na primeira metade do processo o promotor coronel Tad Lawson sofre alguns revéses por parte do eficiente advogado de defesa Hans Rolfe, que está determinado a impedir que as sentenças contra o "povo alemão" continuem. O promotor traz o cidadão Rudolph Peterson, que testemunha sobre sua esterilização provocada apenas por causa de uma briga contra policiais da "SS". O advogado consegue demonstrar que Peterson sofre de distúrbios mentais e que a esterilização de pessoas com esses problemas promovidas pelo regime nazista ocorrem em outros países, inclusive constam das leis do estado americano da Virgínia. Peterson ainda balbucia que seus desequilíbrios são decorrentes da violência que sofrera, o que o advogado alega não poder ser provado, pois tem um atestado de saúde que registra que a mãe dele sofrera do mesmo mal psíquico.
O coronel traz então para testemunhar Irene Hoffman, acusada de ter sofrido "contaminação racial" ao ter se envolvido com um judeu, que por isso foi condenado à morte. Irene testemunha que sua relação com o homem, bem mais velho, não fora sexual, mas seu depoimento é posto em dúvida, graças aos duros questionamentos do advogado. Nesse momento as testemunhas parecem não ajudar a causa do promotor, que também é pressionado nesse sentido pelos seus superiores, dado a União Soviética ter avançado até a Tchecoslováquia e diante do iminente confronto contra os comunistas as autoridades americanas temem que a continuidade das punições faça com que o povo alemão se volte novamente contra os aliados. Na parte final do julgamento, o Dr. Ernst Janning dá o seu depoimento, negando a tese do advogado de que os magistrados não sabiam das atrocidades cometidas pelos nazistas contra as minorias e que aplicara as leis do regime, achando que era apenas uma fase na recuperação do país.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Julgamentos_de_Nuremberg#Filmografia

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